sábado, 18 de dezembro de 2010

SAUDE NA ESCOLA: SEMANA 5


VIDEO AULA 10 – VIOLENCIA NAS ESCOLAS

Adolescência
► Momento crítico da vida do ser humano no qual ocorrem intensas mudanças biológicas, cognitivas, emocionais e sociais, e se decide padrões de comportamento.
► Período de grande vulnerabilidade e risco
► Possíveis trajetórias estão intimamente relacionadas com as vivencias e aprendizados ocorridos na infância.

Problemas psicológicos e comportamentais na adolescência
► Abuso de substancias
► Problemas de internalização: manifestado por meio de perturbações emocionais e cognitivas como depressão e ansiedade.
► Problemas de externalização: manifestado por meio de problemas comportamentais ou de atuação sendo o problema mais comum o comportamento delinqüente.

Quando se fala de distúrbio de conduta, se fala num padrão de comportamento anti-social repetitivo e persistente em crianças e adolescentes. Às vezes classificado como psico-social, às vezes como psicopatológico.

Inclui desde desobediências, birras, brigas, brigas, destrutibilidade, mentira e roubo. É o problema mental mais comum na infância e na adolescência: 7% em meninos, 3% em meninas.

A AGRESSAO FISICA NA INFANCIA
► Problema de saúde pública
► As crianças agressivas têm grande risco de se tornarem adolescentes e adultos violentos.
► Agressão física é um precursor de problemas mentais na vítima e também no agressor (abuso de álcool e drogas, acidentes, crimes violentos, tentativa de suicídio, relações abusivas e paternidade negligente e abusiva).

ESTATISTICA DE VIOLENCIA
► Número de infratores privados de liberdade passou de 4.245 em 1996 para 15426 em 2006. Deste, 46-60% reiteram a conduta criminosa. Aumento em 10 anos:
► Nordeste 591%
► Norte 523%
► Sudeste 349%
► Sul 313%
► Centro-Oeste 248%

FATORES DE RISCO PARA DISTÚRBIOS DE CONDUTA E DELINQÜÊNCIA
► Fatores de risco individuais (característica biológica, comportamental e cognitiva do individuo)
► Fatores de risco contextuais (familiares e sociais)
► Vários fatores de risco de forma cumulativa resultam em sofrimento físico e emocional levando a delinqüência juvenil.
FATORES FAMILIARES E SOCIAIS
► Disciplina e limites no núcleo familiar
► famílias disfuncionais
► Doenças mentais no país
► Estes fatores são afetados
  • Pobreza
  • Fracasso escolar
  • Desemprego
  • Pobres redes de apoio e de relacionamentos
  • Perdas de pessoas significativas da família por meios violentos e muitas vezes presenciados por eles.


NÍVEL SOCIO-ECONOMICO
► Deve-se diferenciar entre pais negligentes (violando deliberadamente o direito dos filhos aos cuidados) e não poder atender suas necessidades por falta de condições socioeconômicas para isso.
► Pais da NSE baixo e baixa escolaridade tendem a ser mais autoritários

QUAIS FATORES PROMOVEM A VIOLENCIA?
► Causas a longo prazo: práticas parentais inadequadas e exposição repetida à violência
► Causas a curto prazo: Consumo de álcool e drogas e a inserção em gangues

FATORES DE RISCO PARA COMPORTAMENTOS DELINQUENTES
► Morar em áreas pobres e densamente povoadas
► Vida familiar marcada pela pobreza e grande número de descendentes.

FATORES DE RISCO PARA COMPORTAMENTO DELINQUENTE
► Negligencia parental
► Padrões de cuidados e supervisão inadequados
► Sinais prematuros de comportamento anti-social na escola e em casa
► Agressividade
► Temperamento impulsivo
► Baixa inteligência
► Evasão escolar

HÁ DIFERENÇAS DE VULNERABILIDADE ENTRE OS SEXOS?
► Meninos são mais propensos a se envolver com violência e delinqüência
► Meninas adolescentes são tão propensas quanto os meninos a bater em membros da família

VIOLENCIA PREDATORIA
► Condutas violentas podem resultar em condutas criminais e anti-sociais (roubo, furtos, agressões)
► Associada a maior prevalência de uso de álcool, maconha, uso maior de drogas no ambiente escolar, ser do sexo masculino, vir de núcleo familiar e ser rebelde

FATORES ASSOCIADOS PARA VIOLENCIA NA ESCOLA
► Performance escolar ruim
► Atitudes anteriores erradas
► Sexo masculino
► Baixa autoestima
► Muitas mudanças de escola
► População escolar com alto uso de drogas

FORUM: Como a sua escola lida com a violência escolar?




VIDEO-AULA 11: BULLYING

            É um termo inglês que denomina comportamento agressivo entre estudantes, muito comum nas escolas e são atos de agressão física, verbal ou moral, que acontecem repetidas vezes, sem motivação evidente.
            É realizada por vários estudantes contra outro estudante. Então existe uma relação desigual de poder e na escola acontece na sala de aula, no intervalo, horários de entrada e saída.
            O Bullying é um fenômeno comum no mundo todo. As estatísticas mostram que pelo menos 50% das crianças já foram vítimas e 10% são vítimas regulares de bullying. É mais comum entre meninos, onde também se encontram atos mais violentos. Entre as meninas é caracterizado por atos de exclusão e difamação.
            Os agressores geralmente são também estudantes, que se consideram melhores e superiores. Acreditam na impunidade de seus atos, o que reforça o comportamento.
            Muitas vezes vêm de famílias desestruturadas, pois violentos, agressivos, opressores. Geralmente também ter sido vitimas. Em alguns casos, há comorbidades como transtorno de conduta ou TDH.
            Os alvos são alunos tímidos, quietos, inseguros, que têm poucos amigos, poucas habilidades sociais, dificuldades de reação. Fisicamente também são mais frágeis. Alunos recém-matriculados, religiões diferentes e raças diferentes.
            As testemunhas presenciam e tem medo de falar, de tornarem-se os próximos alvos do bullying.
            Nesse contexto, o ambiente escolar torna-se hostil, todos vivem com medo.
            As vítimas não buscam ajuda porque não acreditam que os agressores possam ser punidos. Tem medo de contar porque acreditam na impunidade dos agressores.
            Quem assiste, geralmente, minimiza o problema.
            Cyberbullying é comum. São agressões comum na internet, não só com agressões verbais, mas imagens e vídeos e acompanha o bullying na escola.
            O sofrimento?
            Atrapalha o desenvolvimento social, acadêmico, queda no rendimento e desempenho escolar.

            Conseqüências?
            Baixa autoestima, queda no rendimento escolar, resistência escolar, troca de escola, depressão, pânico e fobia escolar.

            Características na escola?
            Apelidos, ameaças, agressões, hostilizações, ofensas, humilhações, discriminações, exclusões, isolamento, intimidações, perseguições, assédio, furto, quebra de objetos pessoais.

            O que fazer?
            Identificar precocemente, focar a atenção. Informação e conscientização é o caminho. Os casos mais graves, encaminhamento para tratamento medico e psicológico, não só os do alvo ou do opressor, mas das testemunhas, formando uma tríade.
            Orientação a pais, professores e alunos, ensinando-os estratégias para lidar com o problema e medidas e controle de comportamento. Chamar um palestrante, por exemplo, objetivando tornar o ambiente agradável, seguro e acolhedor.

            ORIENTAÇÕES PRINCIPAIS AOS PROFESSORES
            Estimule a informação e o conhecimento desse comportamento em palestras, reuniões, textos explicativos (campanhas antibullying)
            Promova debates na sala de aula, atividades que considere o respeito mutuo, o trabalho em grupo, a interrelação entre esses alunos.
            Crie comitês antibullying (conseguir perceber se a pratica está ocorrendo na escola)
            Não tolerar, denuncie
            Não acredite na impunidade dos agressores
            Não pense que não é nada e estimule as denuncias
            Forneça auxilio a tríade e encaminhe os casos mais graves.