sábado, 18 de dezembro de 2010

SAUDE NA ESCOLA: SEMANA 2

VIDEO AULA 03: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO PONDERAL E HABITOS ALIMENTARES

Uma série de fatores têm influencia no crescimento. Com a participação da Professora Lilian, pediatra da Unicamp, vamos discutir algumas questões:

Como saber se o crescimento está numa faixa normal?
O crescimento é resultado de uma maturação óssea da cartilagem.
O crescimento da criança é dividido em três fases:
- Variável
- Resultado da maturação óssea.
- Três períodos de crescimento
* Entre 1 e 3 anos (primeira infância)
* Entre 4 e 8 anos (segunda infância)
* Entre 9 e 17 anos (puberdade)

O crescimento na primeira infância é o maior.
- 25 cm no primeiro ano.
- 12,5 cm no segundo
- 08 cm no terceiro ano.
O fator mais importante para o crescimento nessa fase é a alimentação. Na segunda fase, o crescimento gira em torno de 4 a 8 cm por ano. Fatores hormonais são predominantes, como o hormônio tireoidiano. Na terceira fase, há uma aceleração envolvendo os fatores de distinção entre os sexos. Mas há uma desaceleração do crescimento, que ocorre a partir do primeiro ano de vida e vai até o inicio da puberdade. A criança cresce progressivamente menos centímetros por ano ate os três anos, passando por um período de crescimento mais estável entre 5 e 10 anos seguido de um segundo período de desaceleração até o inicio da puberdade (curva de velocidade de crescimento)

Estagio puberal das meninas
► Primeiro sinal é o aparecimento de botão mamário (telarca), seguido de aparecimento de pêlos pubianos (pubarca) e por ultimo a primeira menstruação (menarca). Inicio entre 08 e 13 anos incompletos. Inicia-se com estimulo ovariano.

Estagio puberal nos meninos
► Primeiro sinal de crescimento é o aumento dos testículos seguido de crescimento peniano e de pêlos (pubarca). Inicia-se entre 9 e 14 anos incompletos. Aumento de testosterona. Ocorre mais tarde do que nas meninas.

Como acompanhar o crescimento
1 – Gráficos de crescimentos.
2 – Avaliando estatura e peso durante toda fase de crescimento.
3 – Avaliar o índice de massa corporal
4 – Observar idade de inicio de caracteres sexuais secundários.

O gráfico registra o padrão de crescimento da população. A linha central indica a média, que é diferente para os dois sexos. Este gráfico compara a altura da criança com a altura da população como um todo.

Porque toda criança deve ter um gráfico de crescimento?
1 – Para comparar sua altura com a da população em geral
2 – Identificar crianças de risco para doenças genéticas, hormonais ou sobrepeso.
3 – Identificar precocemente mudanças de canal de crescimento ou de peso.

O que influencia o crescimento?
1 – Atividade física
2 – Sono (GH é liberado durante o sono profundo)
3 – Doenças crônicas
4 – Nutrição
Fatores genéticos, questões sociais também tem impacto na estatura final do individuo.

Como calcular o canal de crescimento de uma criança?
1 – Calcular o canal de crescimento com estatura final alvo.
2 – Meninas: Soma das estaturas do pais, menos 13, divididos por 02.
3 – Meninos: Soma das estaturas dos pais, mais 13, divididos por 02.
4 – O canal de crescimento estará mais ou menos 8 centímetros da estatura alvo.

Canal de crescimento
1- Identifica o potencial genético de crescimento da criança
2 – Dará previsão da altura final da criança, que dependendo de fatores ambientais poderá ou não ser atingida.

O IMC não varia para adultos, mas para crianças. Quando o IMC começa a aumentar antes dos 04 anos, a criança corre o risco de desenvolver obesidade na fase adulta.

Como usar o IMC?
1 – É recomendado para screening (não diagnostico) de sobrepeso e baixo ganho ponderal (desnutrição).
2 – O percentil 85 é usado como parâmetro para identificar crianças com risco de sobrepeso.

Qual a importância do IMC?
► Calcular e verificar risco de obesidade e desnutrição, bem como o risco de doenças cardiovasculares, aumento de insulina na vida adulta e pressão alta.







VIDEO AULA 04: DISTURBIOS ALIMENTARES – ANOREXIA, BULIMIA E OBESIDADE

            A professora Paula Fernandes frisa a questão da alimentação saudável: equilibrada, completa, variada.
            Distúrbios alimentares: Interação de fatores psicológicos, biológicos, familiares e socioculturais: alterações significativas do comportamento alimentar.
           O culto à beleza é muito forte. Existe algum aluno nessas condições na sua escola?

            De acordo com a professora Lilian, a escolha alimentar é determinada por diversos fatores psicológicos, biológicos, socioculturais.
            A adolescência é um período de grande atividade física. Há grande necessidade de ingestão protéica e energética. A base da pirâmide alimentar é a ingestão de água, mais ou menos oito copos por dia. Ingestão de carboidratos representam 65% das necessidades diárias: vegetais, frutas, carne, peixes necessários.

Transtornos alimentares comuns, mas não mais comuns:
► Anorexia nervosa
► Bulimia nervosa
► TA não especificadas
► AN atípica
► BN atípica
► Transtorno de compulsão alimentar periódica.
► Outros

Anorexia nervosa e Bulimia nervosa
► Preocupação excessiva com o fato de engordar, usam métodos inapropriados para alcançar o objetivo.
► O fator genético impera porque os pais dessas crianças geralmente sofrem de algum distúrbio.
► Alterações de personalidades é transtornos psiquiátrico são comuns nesses casos.

A anorexia nervosa é manifestação de beleza em nossa sociedade, que cultua a magreza.
O quadro clinico é o medo mórbido de engordar, a distorção grosseira da percepção da autoimagem corporal, dietas autoimpostas rígidas e até bizarras, busca desenfreada pela magreza.
A pessoa é extremamente magra, mas se enxerga gorda.

A bulimia nervosa representa uma compulsão alimentar, a origem da palavra remete “à fome de boi”. Em determinado momento, a adolescente vai ingerir grande quantidade de calorias.
Os episódios são recorrentes com perda do controle. Sabendo que ingeriram demais e com receio de engordar, recorrem a métodos compensatórios: vômitos, laxantes e diuréticos. A ocorrência gira em torno de 2 a 3 vezes por semana, por ate 3 meses.
A anorexia aparece mais precocemente no inicio da puberdade.
A bulimia tende a ser mais tardia, por volta dos 16 anos.
São doenças graves, com altos índices de mortalidade. 20% das pacientes evoluem a óbito. Recusam-se a comer. 20% a 10% evoluem para doença crônica.
É um padrão psicológico, doença psiquiátrica. Faz-se necessário o tratamento.
O outro extremo é a obesidade, que é um fator metabólico energético, onde ocorre um armazenamento de energia, no tecido adiposo, sob a forma de triglicérides.
A obesidade é uma doença complexa, multifatorial, com sobreposição de fatores genéticos, comportamentais e ambientais.
Ter um dos pais obesos aumenta em mais de duas vezes o risco de uma criança obesa ou não obesa na idade adulta, e se ambos forem obesos o risco de obesidade dos filhos é de 80%.
O padrão alimentar da criança está diretamente ligado ao dos pais.
Excesso de alimentos fast food, muito sedentarismo predispõe um desequilíbrio entre o que se come e o que se gasta.
O tratamento tem três objetivos principais:
1 – Readequação alimentar
2 – Mudanças para hábitos mais saudáveis
3 – Otimização da atividade física
As crianças, em geral, seguem padrões paternos, que precisam ser modificados também.
► Qualquer um desses distúrbios atrapalha o desempenho e os relacionamentos.
► Oriente a classe.
► Buscar e fornecer informações.
► Incentivar a buscar ajuda