sexta-feira, 8 de julho de 2011

SAUDE - SEMANA 06

PAPEL DAS ONGs E ASSOCIAÇÕES DE EPILEPSIA

Prof Li Li Min

Principais atividades das ONGs, realizadas em datas especificas, em cidades diversas.
Existe pouca informação para a sociedade em geral.

Dia 09 de setembro – Realização de palestras em Campinas sobre epilepsia.

A vídeo aula trata de trabalhos realizados junto à comunidade, visando à conscientização e a melhoria das condições de vida das pessoas.

SAUDE - SEMANA 06

EPILEPSIA E ESTIGMA

Prof Paula Fernandes

Há muitos anos se estuda sobre estigma e durante um tempo começou a ser associado a doenças.
Um dos nomes representativos ligados ao estigma é o de Goffman, 1963
...referencia a um atributo depreciativo, fraqueza ou desvantagem. A pessoa estigmatizada é considerada como tendo uma característica diferente da aceita pela sociedade e é tratada diferentemente pela mesma que mostra conceitos errados ou preconceituosos...”

TIPOS DE ESTIGMA
→Anormalidades do corpo
→Culpas de caráter individual
→Estigmas de raça e religião
→Comportamentos, anormalidades estruturais, funcionais, doenças contagiosas, outros.

Há dois tipos de estigma:
Visível
Invisível

Modelos de estigma:
- Distinção das diferenças: rotulo
- Pessoas começam a perceber que são diferentes
- Pessoas são rotuladas e separadas das outras
- Pessoas rotuladas: discriminação
- Força do estigma: Produção social

A pessoa que sabe o que tem, conhece, tem maiores condições de enfrentamento.
Pesquisas revelam que rótulos interferem na vida social: epiléptico VS pessoa com epilepsia.  Epiléptico é um adjetivo que estigmatiza e rotula a pessoa como “doente”.

Só a informação não basta:
→Campanhas na mídia
→ Atendimento integral ao paciente e sua família
→ Capacitação: Educação continuada: profissionais da saúde e educação, área social, pacientes e família.





SAUDE - SEMANA 05

COMO LIDAR COM AS LIMITAÇÕES: ELAS EXISTEM?

Prof Li Li Min

1- Pode praticar esportes?
Sim, principalmente porque ajuda a reduzir crises e auxilia na interação social. Entretanto, nem todos esportes são recomendáveis, principalmente aos que não tem epilepsia controlada

2- A pessoa com epilepsia pode dirigir?
A partir de dois anos sem crise, pode requisitar carteira de habilitação, caso contrario, pode vir a responder legalmente.

3- A pessoa com epilepsia pode se casar?
No Reino Unido, ate pouco tempo, não poderia se casar. Não há nada que impeça.

4- A pessoa com epilepsia pode ter filhos?
Não existe nada que impeça, desde que planejada. A probabilidade de herança genética é de 5%.

5- A pessoa com epilepsia pode trabalhar?
A recomendação é que não há necessidade de falar que possui o problema, se não houver impedimento no exercício das funções, devido ao estigma social.
Podem e devem trabalhar.

6- A pessoa com epilepsia pode ter boa qualidade de vida?
Certamente, desde que enfrente todas as questões com naturalidade e tenha apoio da família e amigos.

7- A pessoa com epilepsia pode estudar?
Deve estudar, o papel do professor é inseri-los no meio social, na sala de aula, incentivando a interação e minimizando a discriminação.

8- Não focar nas limitações, mas nas possibilidades que são amplas e infinitas, tentar enxergar o lado positivo, levar essa mensagem.
→ Algumas limitações são justas e protegem as pessoas
→ Outras são originadas de desinformação e preconceito

→FOCAR NO QUE PODE FAZER, NAS POSSIBILIDADES, BUSCA DOS SONHOS.


SAUDE - SEMANA 05

CIDADANIA

Prof Paula Fernandes

Cidadania é um processo em construção pautado em direitos e deveres assumidos pelos sujeitos sociais e pelo Estado, na direção de uma sociedade justa e igualitária.

Esse processo deve ser individual e coletivo. É um exercício igualitário de direitos civis, políticos e sociais reconhecidos no momento histórico por todos que a compõem.

O QUE É SER CIDADAO?
→ E aquele que vive a posse dos direitos e exercita seus deveres
→Usufrui de bens e serviços produzidos socialmente
→Participa de forma livre, consciente e autônoma das decisões da vida

CIDADANIA NA EPILEPSIA
→ Acesso ao conhecimento
→ Tomada de decisão individual
→ Desenvolvimento de ações

ACESSO AO CONHECIMENTO
→ Desenvolvimento da consciência social
→ Esclarecimento sobre direitos e deveres
→ Acesso a instrumentos de mudança

TOMADA DE DECISAO INDIVIDUAL
→ Fazer-se sujeito do processo
→ Ter atitudes que viabilizem o direito

CIDADANIA: É a competência humana de fazer-se sujeito para fazer historia própria e coletivamente organizada.

TOMADA DE AÇÃO COLETIVA
→ Organizar pessoas com interesses comuns
→ Pressupõe:
. Cooperação                                                    . Diálogo
. Negociação                                                     . Parceria
. Anonimato                                                     . Ousadia de busca
. Relações positivas entre as pessoas
. Comunicação continua
. Atitude comprometida, coerente, não preconceituosa

DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES
Via Associações e Grupos de trabalho
. É necessário ter uma direção única, tendo por base a construção de uma sociedade justa, igualitária, democrática, buscando a afirmação da vida e da dignidade.
- Só existirá cidadania plena com garantia de igual tratamento e oportunidade a todos os cidadãos.


SAUDE - SEMANA 04

LEIS E EPILEPSIA

Prof Paula Fernandes

LEIS
Constituição de 1988
Dever do Estado: Garantir a saúde da população. Art. 196

Lei 8080/90 Art. 02
Ambas tratam sobre saúde
Não existe lei especifica para epilepsia
Delitos e epilepsia
→ É importante tentar determinar se o delito pode ser conseqüente a algum tipo de epilepsia, inclusive perda de consciência e automatismos
→ Delitos podem ser cometidos nas fases:
Ictal
Pré-ictal
Pos-ictal

1- Ação é imotivada, o delito independe de circunstancias exteriores
2- Ausências de premeditação, caracterizando reações como impulsivas e bruscas
3- Ação inesperada e surpreendente
4- Pode haver furor e agressividade, ate o final da crise
5- Há amnésia do episodio
6- Há semelhança com episódios anteriores.

PERICULOSIDADE E EPILEPSIA

→ Associado à ocorrência de crises (a própria epilepsia) não pode se atestar periculosidade da pessoa com epilepsia.
→ Pode acontecer da pessoa cometer um delito, mas por causa da sua personalidade previa

As leis de hoje
Projeto de Lei do Senado n 467 – 2003
Art. 1º do art 186 da Lei 8112
“Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis a que se refere no inciso I desse artigo, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço publico, hanseníase, cardiopatia, grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), LUPUS e epilepsia, ademais de outras que a lei indicar, com base em conclusão da medicina especializada”

Art. 02 do art 151 da Lei 8213 passa a vigorar com a seguinte redação:
“Independe de carência a concessão de auxilio doença e aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao Regime geral da Previdência Social, for acometido de doenças acima citadas.

Precisa provar que a doença está de tal forma evoluída, causando prejuízo na vida das pessoas, que estas não conseguem ser produtivas no meio social. Isso pode acontecer com qualquer situação crônica.

Entidades que trabalham para melhorar a qualidade de vida das pessoas em geral que tenham epilepsia. Há muitos projetos de leis, mas demoram a ser sancionados.

Em campinas, desde 2003, por iniciativa da ASPE, o dia 09 de setembro é considerado o dia municipal de conscientização da epilepsia.



SAUDE - SEMANA 04

EPILEPSIA E TRABALHO

Prof Paula Fernandes

Trabalho é importante por proporcionar ajustamento psicossocial, que por sua vez proporciona:
→Aceitação social, autonomia, liberdade financeira, identidade social, autoestima

Atualmente:
→Mercado competitivo, com altos níveis de exigência e desemprego, falta de motivação e remuneração desproporcional.
Existe uma dificuldade maior em conseguir e manter emprego.

LEMBRAR DE TRES ASPECTOS FUNDAMENTAIS
→ Aspectos biológicos
→ Mercado de trabalho
→ Estigma

ASPECTOS BIOLOGICOS DA EPILEPSIA
→ Causas da epilepsia (lesões);
Diferentes graus de comprometimento funcional: Não comprometimento ate dificuldade em varias funções.
→ Tipo, freqüência e severidade das crises epilépticas: comprometimento
→ Efeitos colaterais das medicações
→ Imprevisibilidade das crises

A freqüência é variável.

TRABALHO

Crises parciais e complexas, que apresentam perda de consciência, são as que mais influenciam a capacidade para o trabalho.
Ter ou não ter controle das crises não influencia a capacidade para o trabalho.
O tempo de duração não tem relação com a capacidade laborativa do paciente.

FORMAL E INFORMAL

→Os dois devem ser considerados.
→Tambem o tipo de atividade exercida: Operador de maquinas x telemarketing
→Acreditar em si mesmo.

Os empregadores têm receio de crises causarem acidentes, mas a IBE (escritório) afirma que os riscos são os mesmos que com a população em geral.

Os empregadores acreditam que os pacientes com epilepsia têm menor capacidade e produtividade.
Outro receio é que os pacientes faltem mais, realmente há um período maior de afastamentos, mas o numero de faltas é menor. Também há receio aos outros na empresa: ESTIGMA.

Há profissões consideradas impróprias: policiais, bombeiros, babás, enfermeiros, motoristas, cirurgiões, trabalhos em altura, controle de maquinas ou equipamentos, vigias solitários, etc.

70% a 80% dos pacientes podem ter crises controladas com tratamento e trabalhar. Conquista e manutenção do emprego dependem dos empregadores e empresas, pacientes, famílias...






SAUDE - SEMANA 03

EPILEPSIA NA ESCOLA

Como as crianças percebem a epilepsia?
Em geral, as crianças não sabem o que é epilepsia.
A percepção das crianças traz uma conotação negativa e o sentimento coletivo é formado a partir de então.

Como os professores percebem a epilepsia?
O professor é modelo para os alunos, suas atitudes podem influenciar o desempenho e comportamento das crianças.
Papel social é fundamental

IDEIAS MAIS COMUNS
→QI mais baixo
→Excesso de sofrimento – causa da epilepsia
→Mulheres com epilepsia não podem ter filhos
→Pessoas com epilepsia insanas no futuro
→Medicações: Vicio e dependência
→Tratamento de epilepsia
→Epilepsia: doença mental
→Epilepsia: espírito maligno

PROFESSOR: O que fazer diante de uma crise?
→Conversar com os pais: informações e condutas
→Conversar com a classe sobre assuntos de saúde
→Colocar como um dos exemplos a epilepsia
→Colocar conceitos de cidadania e solidariedade

NA HORA DA CRISE?
→Manter a calma
→Afastar objetos que oferecem riscos
→Virar a cabeça de lado
→Acalmar os outros alunos
→Esperar a crise passar

Após cinco minutos seguidos, chamar uma ambulância, caso contrario, conversar com o aluno, levá-lo para lugar calmo, conversar com a classe (percepção e atitudes). Quando o aluno voltar: tratamento normal (a rejeição é o pior momento.

O aluno também pode participar da educação física, mas é importante saber dos pais se há alguma limitação.

Na hora da lição, lembrar que o aluno tem condições semelhantes aos outros da classe, fornecer explicação individual às vezes, saber se há medicação tem algum efeito colateral ou se o aluno tem outras comorbidades (hiperativo, falta de atenção).

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
→Horários das medicações
→Presença de comorbidades
→Contato em caso de urgência
→colegas de classe: ótimos companheiros e aliados da escola
→Auxiliares da escola também devem estar cientes

CONCLUSOES
→O aluno deve se sentir aceito e parte integrante da escola
→Quanto mais aceito for melhores suas chances de ter o desenvolvimento pleno
→Melhora também a aprendizagem dos outros alunos sobre as diferenças