sábado, 18 de dezembro de 2010

EDUCAÇÃO E VALORES - SEMANA 7


SEMANA 07

            Vídeo aula apresentada pela professora Patrícia Junqueira. A perspectiva psicossocial sobre a realidade social.

            O sujeito humano é sujeito histórico. Produz e é determinado pelo meio social
            A construção das relações e dos sentidos produzidos socialmente estabelece as referencias dentro dos quais os sujeitos viabilizarão suas crenças, convicções e opiniões e a partir delas, as pessoas optam, fazem escolhas, maneiras pelas quais elas reagirão às circunstancias do mundo.
            Para intervir é preciso compreender essas referencias de crenças e representações, para compreender o sentido que cada um atribui a essas experiências, para que possa garantir efetividade às ações.
► Conhecer a realidade social
► Estabelecer parcerias

            Elementos necessários para a implementação de projetos com a comunidade

► Reconhecimento, caracterização e contextualização de campo
► Estabelecimento de parcerias com comunidade alvo e seus representantes
► Levantamento conjunto das demandas a serem atendidas
► Problematização das demandas e definição dos temas dos projetos.

Os projetos devem ser sintéticos para facilitar a implementação
► Objetivos
► Público-alvo
► Metodologia e estratégia de intervenção
► Resultados esperados
► Cronograma

Metodologias devem ser pensadas depois porque serão escolhidas para atender a objetivos.


            A vídeo aula 14 trata do FENOMENO DO BULLYING. Apresentada pela professora Kátia Puppo.
            O termo foi para dar conta de todas as atitudes agressivas e que são intencionais, repetidas e evidentes. Pode ser adotada por uma criança em relação a outra ou um grupo de jovens em relação a outro.
            Uma característica forte é o poder e a incapacidade de defesa dos jovens e crianças envolvidos.
            Algumas das ações incluídas no fenômeno do bullying:
► Humilhações
► Xingamentos
► Difamação
► Constrangimento
► Menosprezo
► Intimidação
► Ameaças
► Exclusão
► Perseguições
► Agressão física
► Roubo

Os próprios jovens acham que esse tipo de atitude é inevitável e não há nada que se possa fazer a respeito.
Entretanto, há sim providencias que se podem fazer a respeito.
As pesquisas no Brasil começam em 2003, mas o fenômeno do Bullying começou a ser estudado há mais de 30 anos (Pesquisa = O nível de bullying dentro da escola).

Pesquisas no Brasil
► Abrapia 2003
► Associação brasileira multiprofissional de proteção à infância e à adolescência.
► 40,5% dos adolescentes (já vivenciaram como agressores ou expectadores)
► Sala de aula (ocorrem na presença de um adulto)
► 50% das vitimas não denunciam porque sentem-se ameaçados.
► Meninos – Agressões físicas (tipo de bullying)
► Meninas – Intrigas e exclusão (tipo de bullying)

A abrapia desenvolveu pesquisa em 2003.

É importante par educadores diferenciar brincadeira de bullying. Esse último é uma ação repetida e intencional, também tende a ser uma ação prolongada. Há também uma falta de motivação, não há razão para ocorrer. A vitima geralmente esta indefesa e não tem como se defender. O mentor intelectual usa outros alunos e fica no anonimato.
Há dificuldade em definir um perfil de vitima de bullying. A combinação de vários dos elementos acima pode ajudar o educador na identificação.

VITIMAS
► Pouca habilidade de sociabilização
► Dificuldade para reagir às agressões
► Características físicas, comportamento, condição socioeconômica ou orientação sexual diferentes
► Muitas vitimas tornam-se agressores
► Não pedem ajuda por meio de retaliações ou por não quererem decepcionar os pais

AGRESSORES
► Ambos os sexos
► Desrespeito as normas
► Dificuldade de lidar com frustração
► Liderança
► Pequenos delitos
► Desempenho escolar regular ou insuficiente
► Ausência de culpa
► Desafiadores e agressivos
► Dificuldade em lidar com figuras de autoridade
► Mentiras constantes
(Você tem agressores menos perversos e outros que beiram à patologia)
(Algumas podem ser agressores por determinada época, por viverem uma situação difícil – prestar atenção quando for freqüente)

EXPECTADORES
► Omissão diante de cenas de violência física ou moral
PASSIVOS: Medo de se tornarem vitimas
ATIVOS: Dão apoio moral aos agressores
► Alimentam impunidade
► Contribuem para o crescimento do bullying
(Os expectadores deveriam se indignar com essas praticas)

Há ainda o bullying na internet e é muito mais amplo e duradouro.

CIBERBULLYING OU BULLYING VIRTUAL
► Uso dos recursos da internet
► Efeito multiplicador e duradouro
► Anonimato (Perfis falsos)
► Impunidade (gerado pela impunidade)
► Maioria de adolescentes
► Passível de ação penal

Os adolescentes praticam mais do que crianças

CONSEQUENCIAS
► Tendência ao isolamento
► Dificuldade de participar das discussões em sala de aula
► Queda de rendimento escolar
► Fobia escolar
► Mudanças de humor
► Insônia: Sintomas de dor de cabeça e estômago.
► Irritadas, ansiosas ou tristes
► Mais propensas a desenvolver transtornos afetivos: depressão, anorexia, bulimia, síndrome do pânico
► Suicídio e homicídio (Tiros em Columbine)

INTERVENÇOES POSSIVEIS ANTIBULLYING
(Existe um questionário elaborado por um estudioso e que pode ser aplicado)
► Conscientização
► Sensibilizar a comunidade
► Ambiente de confiança, solidário e ético
► Dar apoio e proteção às vitimas
► Estabelecer regras e limites claros
► Aplicar sanções sem tolerâncias em casos de bullying.


EDUCAÇÃO E VALORES - SEMANA 6


SEMANA 6

            A vídeo aula 11 trata da temática Assembléias Escolares e Democracia Escolar.
            O objetivo das assembléias é trabalhar a resolução de conflitos e problemas cotidianos através do dialogo. Esse tipo de trabalho condiz com uma escola que acredita na formação moral e ética do educando.
            Há três tipos básicos de assembléia:

De classe: Ocorre na sala de aula, regula as ações dos alunos na própria sala. Um exemplo desse tipo de assembléia são as “rodas de conversas” sobre criticas e felicitações dos alunos, anotadas diariamente em quadro disposto na sala de aula. Aqui o educando tem a oportunidade de desenvolver a capacidade de argumentar e verbalizar.
De escola: Realiza-se com a presença de representantes de todas as turmas. O objetivo é aprender a tratar do conflito, lidar com ele. Aqui, o professor preside.
De docentes: Uma vez por mês os professores se reúnem para discutir sobre o convívio e as relações interpessoais deles.

A vídeo aula 12 trata sobre a Diversidade / Pluralidade Cultural na escola.
Quais são os valores contemplados numa educação que visa a pluralidade?
A diversidade no Brasil marca toda a vida social, principalmente após a década de 90, com um maior acesso dos estudantes à educação pública, tivemos um maior numero chegando à escola. Todos os setores sociais.
Há uma grande problemática envolvendo os termos utilizados. Diferença, diversidade, pluralidade ou multiculturalismo. Embora esses termos trabalhem com as mesmas questões, grande numero de culturas, etnias, identidades, cada um desses temas trazem diferenças epistemológicas distintas.
O que deveria ser abordado na escola? A igualdade de todos ou a diferença de cada grupo especifico? Ou a diferença de cada uma das identidades?
É citado um texto de Carlos Skliar e toda uma problemática em relação ao outro:
1) O outro como fonte de todo o mal
2) O outro como sujeito pleno de uma marca cultural
3) O outro como alguém a tolerar

O primeiro trata do outro que deve ser evitado e perseguido, trabalha-se a diferença como se ela fosse produto de todo o mal.
O segundo encontra-se preso como uma marca de cultura (indígena, por exemplo). Como se ele fosse somente “aquilo”, não resultante da influencia de outras culturas.
O terceiro é o outro “tolerado”, mas que na realidade é “suportado”.

Nós tendemos a julgar como comum e correto aquele que é “igual”.

Só na Constituição de 1988 é que há referencia à Diversidade Cultura, devido à redemocratização.

Apresenta histórico de leis, inclusive o “Estatuto da Igualdade Racial em 2010”, Um novo marco. As cotas raciais não entram nesse documento.
Pensar na universalidade dos direitos para todos e na particularidade dos direitos baseados em etnias, identidades, tornou a escola mais justa.

EDUCAÇÃO E VALORES - SEMANA 5


SEMANA 05

            A vídeo aula 09 apresenta o seguinte questionamento: Podem a ética e cidadania ser ensinadas?
            A possibilidade de formação moral e ética já era cogitada pelos gregos há 2500 anos. É através da natureza, hábitos e razão que o homem se torna virtuoso.
            A educação esforça-se por completar que falta à natureza, mas é possível formar o cidadão virtuoso?
            Essa era uma enorme dúvida na sociedade grega, que acreditava que a virtude não podia ser ensinada.
            Ainda na Grécia, a escola começa a se democratizar quando todos conquistam a isonomia, ou seja, o direito à discussão.
            A escola de antigamente, que se dizia melhor que a de hoje, não atingia 15% da população.
            Ao contrario do que se pensava na época, Sócrates se esforçava na formação do cidadão ético e virtuoso, acreditava nisso.
            Protágoras afirmava que a ética não é uma disciplina especializada e que a formação ética passa pela escola e pelo professor, mas não se esgota nela, todo o entorno social influencia. Ocupar-se da formação ética é da responsabilidade de todos na comunidade escolar e isso não desvincula a responsabilidade do ensino dos conteúdos escolares.
            Aristóteles, por sua vez, afirmava ser a formação moral uma força de habito. As virtudes não se geram por natureza ou contra a natureza, se geram em nós, nascidas em nós, que as aperfeiçoamos mediante o habito.
            Ensinamos os princípios da solidariedade da vida pública com ações solidarias e exigindo que as pratiquem, não apenas com discurso retórico.
            Do mesmo jeito que ensinamos virtudes, ensinamos vícios.
            A vídeo aula 10 trata de violência e educação.
            A violência instaura o tema do corpo a corpo. É difícil falar sobre o tema, mas não impossível, há necessidade de olhar, ver, reparar.
            O maior desafio é conseguir traçar um diagnostico e, a partir dele, estabelecer conexões.
            A escola pode estabelecer parcerias, com alguma instituição, para não ser sobrecarregada.
            Há situações diversificadas de violência nas escolas, relatadas pelos próprios funcionários: brigas, desentendimentos, roubos desrespeito, etc.
            A violência entra na escola por meio de gangues, mas não há como se responsabilizar pela violência no entorno da escola.
            A violência silenciosa também adentra os portões e é instaurada pela própria família, com pessoas que se proponham a discutir.
            As escolas estão em situação de precariedade, muita rotatividade, violência e desentendimento entre professores e alunos, os adultos estão fragilizados.
            O Estado também deve ser chamado à responsabilidade.

EDUCAÇÃO E VALORES - SEMANA 4


SEMANA 04

            A vídeo-aula trata das questões constitutivas do sujeito psicológico:
            ► Quem somos nós?
            ► Quem é o aluno?
            As teorias procuram reduzir “o que é o ser humano”, procuramos uma definição mais complexa ou completa.
            As quatro dimensões constitutivas do sujeito psicológico:
            ► Afetivo
            ► Sócio-cultural
            ► Biológico
            ► Cognitivo
            Não há como explicar todo o comportamento humano por apenas uma dimensão, embora uma delas se sobressaia em determinados aspectos. Todas essas questões interagem, família e convivência não são fatores determinantes.
            A professora Viviane apresenta, na seqüência, a vídeo-aula “A construção de valores e a dimensão afetiva”
            A aula novamente reforça o conteúdo da aula do professor Ulisses e aborda as seguintes questões:
► A afetividade como “fonte de energia” para a cognição.
► A afetividade como um dos aspectos organizativos do psiquismo humano.
► Os alunos são influenciados por sentimentos positivos e negativos
            Afetividade e cognição atuam juntas. A afetividade não é apenas motivacional, mas organizativa.
            Vergonha e culpa são sentimentos morais. Quando se tem valores, eles vêm reforçar esses sentimentos, que são negativos. São atribuições internas, mas vivenciadas nas relações interpessoais e regulam valores morais.
► Vergonha (A forma como o outro me vê / fuga)
► Culpa (A auto-avaliação / quero me desculpar, me livrar)
            O sentimento deve ser objeto de conhecimento a ser trabalhado na escola

EDUCAÇÃO E VALORES - SEMANA 3


SEMANA 03

            A vídeo aula da professora Viviane Pinheiro trata da perspectiva atual da pesquisa em psicologia moral. Reforça os conceitos trabalhados na aula anterior pelo professor Ulisses, em que são abordados conceitos de valores centrais e periféricos e como o contexto é fundamental na construção de valores.
            Ressalta também que o sentimento regular o valor em determinadas situações. Os valores, por sua vez, se integram e regulam o sistema moral.
            As implicações dessas descobertas:
            ► O sujeito tem um papel ativo na construção de valores e esta é entendida como uma educação não transmissiva.
            ► Os valores podem ou não ser morais, a moralidade não se guia apenas pelo principio de justiça, e para isso deve-se trabalhar com diversos valores.
            ► Construção e elaboração de valores como centrais e periféricos, para isso elaborar sequências didáticas e projetos voltados para a construção de valores.
            ► Se distanciar dos conflitos para pensar e refletir.

            Na aula seguinte, o professor Ulisses dá continuidade à temática, entretanto o enfoque é para a prática, voltado para a ação. O ideal é estabelecer uma articulação entre escola e comunidade.
            O conteúdo trabalhado fora da escola tem de entrar para dentro da escola, por meio de uma educação em valores.
            A gestão por meio de fórum escolar tem por objetivo articular diversos segmentos da comunidade, que se disponham a atuar no desenvolvimento de ações mobilizadoras, em torno das temáticas de ética, democracia e cidadania, no convívio escolar, focando em quatro eixos de atuação:
► Ética
► Convivência Democrática
► Direitos Humanos
► Inclusão Social
            O protagonismo juvenil garante o acesso aos bens culturais, colocando-o no centro do processo educativo.

EDUCAÇÃO E VALORES - SEMANA 2


SEMANA 02

            A ética envolve o relacionamento entre colegas, professores, funcionários. O coletivo é dinamizado. A primeira sociabilização é com a família.
            A criança é regida por regras exteriores e aos poucos vai interiorizando e construindo a autonomia da moral.
            Voltando-se para antiguidade, a ética e a política eram campos quase complementares, fontes de virtudes públicas.
            A ética se forma muito mais por meio dos exemplos do que teoricamente e é sinônimo de virtude. Ela supõe modos de agir em relação ao outro, há a necessidade de se colocar no lugar do outro.
            Os termos cidade e civilidade possuem uma raiz epistemológica comum e têm relação com o trabalho ligado à criança, o qual pressupõe trabalhar com a responsabilidade da formação humana.
            Que critérios deve nos orientar para que tomemos atitude moralmente correta?
            Pensar:
            ► Na felicidade de todos
            ► No que torna o agente virtuoso
            ► Em acordo com regras determinada
            ► Numa justificativa a dar aos outros de forma razoável
            A ética normativa nos questiona sobre o que devemos fazer e qual a melhor forma de viver bem.
            O estudante deve ser partícipe na elaboração dessas regras, senão não as compreenderá.
            A escolarização inicial não visava a aprendizagem do ler e do escrever, mas da formação.
            Não se conquista pelo medo, mas pela adesão do educando, e quando isso é combinado com a família, envolvemos afetos, corações e mentes.
            A mídia, a internet, a tecnologia são fortes concorrentes.
            Na escolarização temos dificuldades de relacionamentos, juízos institucionalizados e a tendência a se abster da culpa. A idéia é buscar tolerância através de uma cultura escolar, que busque uma ética da justiça. A ética fala da amizade porque não somos auto-suficientes, fala da democracia porque não existem suficientemente capazes e competentes para governar sem perigo de se equivocar.
            Na vídeo-aula “A construção psicológica de valores”, apresenta-se a seguinte definição:
“Os valores referem-se a trocas afetivas que o sujeito realiza com o exterior. Surge da projeção dos sentimentos positivos sobre objetos e / ou pessoas, e / ou relações e/ou sobre si mesmos”.
            Valores referem-se a normas afetivas e surgem da projeção de sentimentos.
            Há pessoas que se baseiam em valores negativos.
            Construímos valores, que mudam durante toda nossa vida e se configuram em sistemas.
            Falando sobre valores e sentimentos morais.
            “Dependendo dos valores com os quais o sujeito construiu sua identidade, e de seu posicionamento “central ou periférico” aparecerão os sentimentos morais.”
            A vergonha e a culpa são sentimentos morais que cumprem o papel de regular relações inter e intrapessoais e o sujeito os experimenta quando age contra os valores que são centrais em sua vida.
            Os valores podem mudar a qualquer momento e para cada individuo. Pode deixar de ser central em minha vida e tornar-se periférico.
            Uma criança, na escola, também pode mudar, dependendo de como é realizado o trabalho de construção de valores.
            A escola e a família precisam definir os valores a serem trabalhados. Um bom guia de referencia é a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
            Os projetos devem focar: justiça, honestidade, não dar “lição de moral”.



EDUCAÇÃO E VALORES - SEMANA 1


SEMANA 01: EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES

            A vídeo aula 01 trata sobre o juízo moral da criança e aborda os conceitos de Anomia, Heteronomia e Autonomia.
            O sufixo nomia significa sem regras. Ao nascer, a criança se encontra num estado de anomia, com o tempo entra no estado de heteronomia, em que ela sabe que existem regras e que a fonte é variada (pais, sociedade), até alcançar o estágio de autonomia, estágio em que a regra está internalizada e o sujeito sabe o que pode e o que não pode fazer.
            Como se dá esse processo, se a criança não sabe o que são regras? Através de dois tipos de relação: A coação e o respeito UNILATERAL. O respeito, nesse caso, trafega numa via de direção única e é oriundo de dois sentimentos: o amor e o medo.
            O grande desafio da educação é que, na nossa sociedade, as pessoas são formadas não para serem autônomas, mas apenas para obedecer (heterônomas). A autonomia não é unilateral, implica em respeito mútuo.
            Na cooperação, cria-se jogos para aprender que existem regras e trabalhar de forma cooperativa, afim de atingir a autonomia.
            Na vídeo aula 02 são citadas sete dimensões diferentes, na construção de valores morais.
            1º ) Conteúdos escolares
                   Inserção transversal e interdisciplinar de temáticas de ética, direitos humanos, inclusão social e convivência democrática.
            2º) Metodologia das aulas
                  As características são: construção coletiva, o diálogo e o papel ativo do educando.
            3º) O trabalho intencional com valores
                  Trabalhar valores na escola e uma sugestão é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é uma guia de referência.
            4º) Relações interpessoais
                  Trabalhar para que valores como respeito, autoridade e admiração sejam construídos em sala de aula, por meio do diálogo.
            5º) Auto-estima
                 Temática importante negligenciada na educação em valores. Tem como ponto de partida a AUTOIMAGEM, em que cada ser humano constrói para si uma imagem que julga representá-lo.
            6º) O Auto-conhecimento
                  Sentimentos e emoções
                  (Ter consciência do que sente para conhecer o sentimento do outro).
            7º) A Gestão Escolar
                As decisões centralizadas na mão de um pequeno grupo, em que as regras e o projeto acadêmico já se encontram pré-determinados a partir de valores e crenças de algumas pessoas, não permite a reorganização de tempos e espaços e a busca coletiva de novos e melhores caminhos para enfrentar os desafios cotidianos.

SAUDE NA ESCOLA: SEMANA 7


VIDEO AULA 14: STRESS E ANSIEDADE A INFANCIA E ADOLESCENCIA

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
            Vivemos num mundo em que a informação circula livremente, cem por cento do tempo, então:
► Como orientar alunos para que tirem o melhor de suas capacidades e sejam felizes?
► Como ajudá-los a não se tornarem crianças, adolescentes ou adultos ansiosos e estressados?
► Qual o papel da escola nesta área?

No mundo de hoje, embora tenhamos mais acesso à tecnologia e à modernidade, temos também mais pressão, mais cobrança, mais agitação, mais competitividade e menos cooperação, menos espírito de equipe, menos solidariedade.

STRESS E ANSIEDADE
            São reações do organismo diante de situações difíceis ou excitantes e podem ocorrer com qualquer pessoa.
            Em períodos de stress e ansiedade: equilíbrio da pessoa é afetado, cada órgão passa a trabalhar em ritmo diferente dos demais: dependendo da duração dos sintomas e da interpretação dos estímulos, quebra do equilíbrio interior e enfraquecimento do organismo (sintomas e doenças). Com isso, surge ansiedade e stress.

ANSIEDADE
            Características biológicas e psicológicas que antecedem momentos de perigo (real ou imaginário), marcada por sensações corporais, sensação de vazio no estomago, taquicardia, sudorese, medo intenso, aperto no peito, rubor, calafrios, confusão, “nó” na garganta, etc.
            Ansiedade nem sempre é ruim. Também é considerada uma energia que impulsiona para alguma ação positiva (estudar para a prova, por exemplo).

STRESS INFANTIL
            Toda criança já enfrenta situações estressantes desde os primeiros anos de vida, desde acidentes, doenças, hospitalizações, nascimento de irmãos, mudanças de casa, de escola ou de empregada, alem das tensões geradas pela necessidade sempre maior de autocontrole.
            Os fatores que causam stress infantil são internos e externos.

FATORES INTERNOS
            ► Características de personalidade, pensamentos e atitudes da criança, diante das situações da vida diária e isso depende da maneira como ela percebe o mundo à sua volta e a si mesma.
            ► Ansiedade, depressão, desejo de agradar, medo do fracasso, preocupação com mudanças físicas, dúvidas quanto à capacidade, interpretações amedrontadoras, etc.



FATORES EXTERNOS
            ►Acontecem devido à mudanças significativas, responsabilidades e atividades em excesso, briga ou separação dos pais, perdas, disciplina confusa dos pais, nascimento de irmão, doença e hospitalização, troca de professora ou de escola, pais ou professores estressados, medo de pai alcoolista e até doenças dos pais.

CONSEQUENCIAS
            ► Quando não tratado, o stress infantil pode desenvolver: asma, úlceras, alergias, distúrbios dermatológicos, diarréia, tiques nervosos, dores abdominais, resistência reduzida (vulnerabilidade a outras doenças), hipertensão arterial, obesidade e bronquite.
            Algumas crianças são mais vulneráveis que outras, essa característica é individual.

PAPEL DO PROFESSOR
            ► Conhecer seus alunos
            ► Conversar com os alunos
            ► Motivar os alunos para as aulas, para a escola
            ► Incentivar os alunos a fazerem perguntas
            ► Escutar o aluno, sem criticas ou julgamentos
            ► Promover autoconfiança nos alunos
            ► Respeitar o ritmo de cada aluno
            ► Promover atividades em grupo
            ► Promover atividades calmas

Importante: PROFESSOR É MODELO, CUIDADO PARA NÃO PASSAR A SER UMA FONTE GERADORA DE STRESS

            Ansiedade e stress não se manifestam isoladamente, devemos encaminhar para especialista quando necessário.
            OBJETIVO: Promover a saúde da criança para que ela consiga enfrentar as mudanças que ocorrem em sua vida para um desenvolvimento mais saudável: na escola, em casa, no esporte, no lazer.
















VIDEO AULA 15: DEPRESSAO NA INFANCIA E NA ADOLESCENCIA

            Durante muito tempo não se estabeleceu ligação entre depressão e crianças e adolescentes, hoje tanto um como outro são suscetíveis. Interfere tanto na vida diária quanto social, quanto no desempenho acadêmico.
QUANTO A PREVALENCIA:
Crianças pré-escolares: 1%
Crianças em idade escolar: 2-4%
Adolescentes: 5-8%
Entre os sexos, na adolescência, o predomínio é maior no sexo feminino.

COMO SE DEFINE DEPRESSAO?
            Diferencia-se de sintomas depressivos, comuns a qualquer pessoa. É um transtorno de humor ou de afeto em que existem sentimentos de tristeza profunda, associado com sintomas fisiológicos e cognitivos na pessoa.
            Para ser depressão, precisa ter um conjunto de sintomas, os quais durem mais de um mês:
► CID 10 e  DSM-IV (CONJUNTO DE SINTOMAS)
- Humor deprimido (tristeza, desesperança)
- Perda de interesse e prazer por atividades anteriormente satisfatórias
- Diminuição da energia: falta de ânimo que interfere na vida da pessoa

Ligado a isso, tem-se conseqüências no sono, alimentação, libido

CAUSAS
Multifatorial – variáveis
► BIOLOGICAS: Genética, estrutura e química do cérebro
► PSICOLOGICAS: Stress, traumas, desamparo, forma de perceber e de lidar com o mundo.
► SOCIO-CULTURAIS: papéis, expectativas, suporte social

FATORES DE RISCO
► Historia familiar de depressão
► Sexo feminino
► Episódios anteriores de depressão
► Acontecimentos estressantes
► Dependência de droga
► Violência domestica
► Elevada exigência acadêmica

SINTOMAS
► Tristeza
► Falta de motivação
► Solidão
► Humor deprimido, irritável ou instável
► Mudanças súbitas de comportamento: explosão de raiva, brigas
► Mudança de apetite, peso
► Dificuldade em divertir-se
► Queixas: Tédio ou “sem nada para fazer”
► Preferência por atividades solitárias
► Queixas físicas: Cansaço, falta de energia, dores de cabeça, dores de barriga, insônia
► Pensamentos recorrentes de morte
► Idéias e planejamento de suicídio
► Preocupações
► Sentimentos de culpa
► Baixa auto-estima
► Choro excessivo
► Hipoatividade
► Fala em ritmo devagar, de forma monótona, monossilábica

SINTOMAS NA ESCOLA
► Queda do rendimento escolar
► Falta de concentração
► Perda de interesse pelas atividades
► Falta de motivação
► Pensamento lentificado
► Impulsividade e irritabilidade
► Choro fácil
► Isolamento na sala de aula
► Dificuldades nos processos cognitivos

CONSEQUENCIAS
            Além das dificuldades sociais e acadêmicas, compromete o desenvolvimento e o funcionamento social da criança e do adolescente: recorrência na vida adulta.

TRATAMENTOS
► Medicamentoso
► Psicoterapia
► Suporte familiar
► Psicoeducação = rede de apoio social, escola, trabalho, amigos.

ASPECTOS IMPORTANTES
► Identificar os antecedentes do episodio depressivo
► Minimizar o impacto negativo dos sintomas depressivos
► Aumentar a eficácia dos esforços de soluções de problemas
► A pessoa precisa aprender habilidades para lidar com problemas futuros

Inseri-los numa rede social, fortalecendo as condições que garantam a busca por ajuda em todos os contextos (família, trabalho, escola, comunidade).



SAUDE NA ESCOLA: SEMANA 6

VIDEO AULA 12: USO DE SUBSTANCIAS PSICOATIVAS

            A vídeo aula foi apresentada pela professora Renata Azevedo da Unicamp. Trata-se do consumo de substancias psicoativas e a informação inicial é sobre a grande preocupação que esse tema traz para a sociedade atual. Não se fala apenas das drogas de uso ilícito, mas todas as que agem no SNC, que causam alterações de percepção, sentimentos, sensações e percebidas como prazerosas para quem as usa. Isso inclui álcool, tabaco, remédios controlados. Produzem alteração senso-perceptiva. São drogas diferentes, sob diferentes pontos de vista: algumas são lícitas e outras são ilícitas. Mesmo as lícitas, sofrem algum tipo de restrição legal. Uma outra diferença é a forma como agem no cérebro e o tipo de alteração que produzem.
            As pessoas que usam, buscam um tipo de efeito especifico diminuição da ansiedade, desinibição, alegria, desligar-se, isso mostra que as drogas não são iguais.
            Os jovens misturam substancias psicoativas e aumentam o dano potencial delas.
            O estudo dessas substâncias tem sido ampliado e entendemos cada vez mais o uso problemático e a dependência de drogas como um fenômeno que tem componentes ambientais, sociais, mas também genéticos e neurobiológicos.
            Esses componentes dizem respeito ao prazer que a pessoa experimenta ao fazer uso de droga, a dificuldade de controlar o uso e dissociar a situação prazerosa do uso, caracterizando a dependência. Essa é uma compreensão biológica da dependência.
            O uso de drogas tem crescido e isso é motivo de reflexão. Por que a lógica do prazer imediato, de que se divertir é se alterar.
            Um segundo aspecto é que jovens têm experimentado cada vez mais cedo. E os danos são maiores num individuo em formação. Taxa média 11 anos e meio.
            Mas porque as pessoas usam sabendo dos danos?
            A fase da adolescência é a fase da curiosidade, que é a principal razão para a experimentação. Elas precisam ser satisfeitas, teoricamente, por pessoas próximas e esclarecidas. O que é? Quais os riscos? Não ter a informação é um agravante.
            Adolescentes que se sentem infelizes, deprimidas, discriminados, ansiosos, com fobia social são potenciais e futuros usuários.
            Quando o uso acontece, precisa ser avaliado quanto à freqüência, às interferências na vida do adolescente, os problemas relacionados ao uso e pedir ajuda de profissionais e evitar que o padrão de uso caminhe para a dependência.
            Os melhores tratamentos estão na psicoterapia, principalmente a comportamental, as pessoas vão se auto-avaliar em grupos.
           
FORUM: Como posso abordar o assunto na sala de aula?




VIDEO-AULA 13: MÍDIA E COMPORTAMENTO

            Aula apresentada pela professora Lilian, pediatra Unicamp.
            Nós somos bombardeados o tempo todo por informações que moldam nossa mente.
            Infância e adolescência é um período de grandes transformações e, portanto, maior vulnerabilidade a influências externas.
            A mídia constitui um importante meio de socialização. Isso inclui computadores, videogame, celular. Ela retrata modelos de conduta.
            As crianças são influenciadas porque aprendem por imitação. Crianças menores de 08 anos não sabem diferenciar fantasia da realidade.
            Ao final de um ano, por estatísticas, uma criança terá sido exposta a 10 mil cenas de violência e a 15 mil cenas sexuais. Quase nenhuma cena sobre riscos e impactos na vida social.
            Quais são esses impactos?
            ► Atraso no desenvolvimento neuro-psicomotor;
            ► Precocidade sexual;
            ► Violência;
            ► Transtornos alimentares (obesidade, anorexia);
            ► Problemas escolares;
            ► Uso de drogas

            A relação entre violência e mídia aparece em diversos estudos.
            ► Aos 18 anos já terá visto 200.000 ações violentas na TV;
            ► De 10.000 horas monitoradas de programas de TV, 61% apresentavam violência interpessoal, a maioria de maneira divertida ou glamorosa;
            ► Maior percentagem de violência vista em programas infantis.

            Os pais não discutem mais questões sobre orientação sexual, muito menos a escola, que discute as questões fisiológicas, não a autoestima, as emoções ligadas à questão.
            São expostos a várias cenas, o que faz com que inicie mais cedo a vida sexual, até mesmo no ano seguinte, sem nenhum, ou quase nenhum tipo de orientação.
            As mídias fazem com que os jovens e adolescentes fujam da vida social, aderindo ao sedentarismo. Videogames violentos tornam os jovens mais violentos também. O jogo vicia.
            Imagens sexuais de celebridades seduzem adolescentes para a ingestão de álcool, por exemplo.
            O papel dos professores está em estabelecer programas sobre mídias nas escolas. Renovar idéias para ensino de mídias, uso e abuso de drogas e programas de educação sexual. Alertar os pais para esse risco. Vivemos num mundo multimídia. Conscientização.

FORUM: Como podemos discutir no ambiente escolar?