sábado, 18 de dezembro de 2010

SAUDE NA ESCOLA: SEMANA 3


Video-aula 06: Transtorno de Déficit de atenção e hiperatividade (TDHA)

     Em relação ao TDHA, não há necessidade de se fazer diagnósticos, mas de entender para lidar com o problema.
     O TDHA é um transtorno comportamental e neurobiológico, de causas genéticas e ambientais, que aparece na infância e pode acompanhar a pessoa por toda a vida. É caracterizado pela tríade sintomatológica:
► Desatenção
► Hiperatividade
► Impulsividade
Os prejuízos estão centrados no desempenho acadêmico e no relacionamento interpessoal.
      As características da DESATENÇÃO:
► Dificuldade de prestar atenção ou detalhes
► Parece que não escuta quando falam com ele
► Facilmente distraído com estímulos alheios
► Tem dificuldade de organização
► Comete erros por descuido
► Não segue instruções
► Não termina tarefas
► Perde coisas importantes
     As características da HIPERATIVIDADE:
► Não consegue envolver-se em atividades silenciosas
► Está sempre a “mil por hora” / “a todo vapor”
► Agita mãos e pés ou se remexe na cadeira
► Tem dificuldade para permanecer sentado
► Corre exageradamente
► Fala demais
     As características da IMPULSIVIDADE:
► Dá respostas precipitadas a perguntas não terminadas
► Tem dificuldade de aguardar sua vez
► Interrompe ou se intromete em conversas alheias

     Acomete de 5%  a 13% das crianças em idade escolar, pode persistir na vida adulta em metade dos casos, é mais comum em meninos.

Quais os tipos de TDHA?
1 – Predominantemente desatento
2 – Predominantemente hiperativo-impulsivo
3 – Combinado

1 – Comum no sexo feminino, alto prejuízo acadêmico, desorganizado, esquecidos, distraídos, não copiam as tarefas. Tem nível alto de isolamento e habilidade social, para trabalhar em grupo.
2 – Crianças mais agressivas, alta taxa de rejeição pelos amigos, sofrem de impopularidade, agitadas, inquietas e impulsivas.
3 – É o perfil de TDH – Prejuízo no global (acadêmico, social), são rejeitadas pelos colegas, não conseguem fazer planos.

     Os pais muitas vezes não percebem.
Quais as características na escola?
A comparação é predominante:
► Alteração habilidades lingüísticas
► Falta de noção de espaço
► Dificuldade de reconhecer símbolos gráficos
► Dificuldade de ficar sentado e prestar atenção, tem dificuldade de terminar tarefas.

     O diagnóstico é clínico, com pais, crianças e escola. Existe o TDH situacional. A criança não gosta de determinadas atividades, precisa saber se em todos os contextos ela age da mesma forma.

CONSEQUENCIAS
► Baixo rendimento, baixa autoestima, dificuldade de relacionamento social, depressão, abuso de álcool e droga na fase adulta.

TRATAMENTO
► Relacionado com a causa, que é multifatorial, medicações, psicoterapia, envolvimento da família e da escola.

Como o professor age?
► Informar, orientar, conscientizar por causa da falta de informação na sociedade.
► Ajudar a compreender sintomas e prejuízos do TDH.
► Desfazer rótulos prévios – “Não quer fazer nada” – A criança vive o rótulo
► Melhorar a autoestima
► Pais aprenderem melhores estratégias para lidar.

PROFESSOR: Planejamento e cronogramas
► Crianças com TDH têm dificuldades em planejar atividades futuras. Fazer calendário diário de atividades, mês a mês.

RECONHECIMENTOS E ELOGIOS
► Crianças chamam a atenção pelo negativo, devemos fazer o movimento inverso.
► A criança deve se sentir inserida no contexto da sala de aula.














Vídeo-aula: RETARDO MENTAL E AUTISMO

Como promover a inclusão social dessas crianças?

RETARDO MENTAL
► Há sempre o medo do diagnóstico, mas é ele que nos mostra como lidar.
Definição: - Pessoas com habilidades mentais abaixo da média.
- Inicio do déficit antes dos 18 anos
- Conseqüências: problemas no funcionamento diário, rotina, comunicação, interação social, habilidades motoras, cuidados pessoais, problemas na vida acadêmica.
- Prevalência: 1-2%
TIPOS:
► Atraso na linguagem, consegue se comunicar e apresentam independência nos cuidados pessoais
► Conseguem estudar até certo ponto.
► Conseguem ter vida independente, ter trabalho, casar, administrar sua casa. (ingressam no mercado de trabalho pela lei)

RETARDO MENTAL MODERADO
► Dificuldade na compreensão e no uso da linguagem
► Cuidados pessoais e habilidades motoras: limitadas, auxilio para toda a vida
► Vida acadêmica: Limitada, benefícios com turmas especiais ( habilidades básicas e sociais)

RETARDO MENTAL GRAVE
► Graus maiores de prejuízos intelectuais, funcionais e motores.
► Déficits visuais e auditivos, lesões orgânicas ou desenvolvimento cerebral inadequado.
► Necessitam de atenção e cuidados especiais para toda a vida.

Há vinte anos, crianças com essas características não podiam freqüentar a escola, não se explorava sua potencialidade.
Não há cura, precisamos lidar com o controle das alterações comportamentais, agitação psicomotora, agressividade, hostilidade, hiperatividade.
Essa criança tem habilidades sociais deficitárias e precisa ser inserida num grupo onde haja trocas, estímulos.

O que fazer na escola?
Trabalho educacional que considere as limitações e promova os estímulos inúmeros. O objetivo é a melhoria das relações sociais e a qualidade de vida para todos.

AUTISMO
Considerado transtorno invasivo do desenvolvimento, que tem prejuízo na interação social, atraso na aquisição da linguagem e comportamentos esteriotipados e repetitivos.
Maior incidência de 2 a 5 casos para dez mil crianças mais comuns em meninos.

Características:
► Com 2 anos e meio, a criança já deveria interagir, falar com o meio, mas não fala, não interage, resiste aos cuidados paternos.
► Bebê: Evitam contato visual, não tem interesse na voz humana e é indiferente ao afeto.
► As crianças não seguem os pais pela casa, não tem interesse em brincar com outras crianças.
► Interesses em brincadeiras esteriotipadas.
► Cheira e Lambe objetos
► Bate palmas, leva o corpo para frente e para trás, que são movimentos esteriotipados e repetitivos.
► Fascinação por luzes, sons e movimentos.
► Se incomoda com mudanças na rotina diária, responde com agressões.
► Linguagem e interesse comprometidos

Características do autismo na escola:
► Não tem interesse em brincar com outras crianças, jogos, brincadeiras, nada lhe capta a atenção
► Tem interesse por brinquedos específicos ou parte deles
► Atos repetitivos e esteriotipados
► Ataques de raiva e mudanças na rotina
► Resistência em aprender novas atividades

O que fazer?
► Tratamento individualizado
► Intervenções conjuntas: educação especial, aconselhamento aos pais, terapia comportamental que visa ao treino de habilidades sociais, medicações – melhorar qualidade de vida
► 45% das crianças tem comunicação verbal boa