quinta-feira, 30 de setembro de 2010

video aula 11: MEMORIA

   A video-aula 11, ministrada pela professora Paula Fernandes da Unicamp, trata da MEMORIA e seu funcionamento. Como é um assunto que tenho me familiarizado aos poucos, tudo se torna importante. Vou transcrever trechos da aula, afim de conseguir obter "memorização".

O roteiro dessa aula versa sobre:
a) O que é memoria?
b) Estágios da memória
c) Tipos de memória
d) Esquecimento

MEMORIA
É a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de informações. (Izquierdo, 2002)
É a persistencia do aprendizado em um estado que pode ser evidenciado posteriormente.

MEMORIA - ESTAGIOS
a) Codificação = processamento de novas informações a ser armazenada.
* Aquisição: registra as informações em arquivos sensoriais;
* Consolidação: cria uma representação da informação através do tempo.
* Armazenamento: resultado da aquisição e da consolidação (cria e mantem um registro permanente)
* Evocação: utiliza a informação armazenada para executar um comportamento.

As memorias sao modeladas por vários fatores:
a) pelas emoções;
b) pelo nivel de consciencia;
c) pelos estados de ânimo;
(podemos memorizar e evocar com mais facilidade ou nao)

MEMORIAS
Memoria: processo neuronal = resultante de mudanças das interações sinápticas entre neuronios nas redes neurais.
Areas relacionadas:
a) Hipocampo;
b) Amigdala;
c) Cortex Frontal
(Com as mudanças nas redes, nas interações sinápticas acontecem as memorias. Não existe um local especifico onde acontece, existem regioes responsaveis, como hipocampo, amigdala e cortex frontal)

TIPOS DE MEMORIA
1) Segundo a função
2) De acordo com o conteudo
3) De acordo com o tempo de retenção
4) Quanto ao tipo de informação
5) Segundo o nivel de consciencia

1) Memoria segundo a função:
* Memoria de trabalho: gerencia a realidade, nao produz arquivos, é imediata.
* Breve conservação da informação por tempo suficiente para examiná-la e compará-la.
* Um exemplo é lembrar um numero de telefone, lembrar para fazer uma ligação apenas.

2) Memoria de acordo com o conteudo:
a) Memoria declarativa - registram fatos
    * episodicos (eventos que assistimos ou participamos)
    * semanticos (conhecimentos gerais)
b) Memoria processual - de capacidades / habilidades motoras e sensoriais
    * são adquiridas de maneira implicita, sem que o sujeito perceba como está aprendendo
    * um exemplo é andar de bicicleta, saltar nadar.

3) Memoria de acordo com o tempo de retenção
    * Memoria sensorial: fração de segundos = 0,2 a 0,25 milesimos de segundos
    * Memoria a curto prazo: Utilização imediata = 20 a 30 segundos
    * Memoria a longo prazo: Informação mais resistente, motivação, interesse, repetição da informação, duração e capacidades infinitas e ilimitadas.

Em seguida foi visualizado um diagrama sobre memoria.
(Se a informação for processada pela memoria de curto prazo, vai para a memoria de longo prazo, se nao, ela se perde apos 15 segundos. Se for necessária mais tarde, volta para a memoria a curto prazo para ser evocada).

4) Memoria quanto ao tipo de informação
(Como sera que o aluno aprende mais? Como melhorar isso no aluno?
* verbais
* visuais
* motoras
(Será que o aluno aprende mais quando eu falo? quando ele executa alguma atividade? quando mostro uma imagem?)

5) Memoria segundo nivel de consciencia
* Assertiva ou explicita: processo consciente, memoria "cognitiva".
* Implicita ou não-assertiva: processos inconscientes, estímulos subliminares, podem gerar respostas emocionais.

ESQUECIMENTO
Principais explicações:
* Falta de "uso";
* Interferencia de uma aprendizagem sobre a outra;
* Falhas de armazenamento;
* Repressao ou situações desagradáveis;
* Falhas na recuperação

Em termos de fatores biologicos, o que pode causar isso é o cansaço, as doenças, o envelhecimento, falta de estimulos cerebrais. Já em fatores psicologicos podem ocorrer falhas durante a codificação, que se deve à desatenção e fatores emocionais, uma pessoa deprimida ou estressada tem dificuldades.

A partir disso...
a) Como a memoria influencia no processo de aprendizagem dos seus alunos?
b) Qual o tipo de memoria que mais se relaciona com seu trabalho?

video aula 10: Interdisciplinaridade e transversalidade na educação



     A video-aula 10 recordou-me bastante Paulo Freire, e para ilustrar, posto video sobre o autor, um poema sobre a escola.


O professor Nilson José Machado abre a aula com as frases: " A gente vem pra escola pra aprender a ler o mundo, começa lendo um texto, mas ler, compreender é ler e compreender o mundo"

Em seguida, novamente é mostrado o vídeo de uma escola pública, que trabalhou a interdisciplinaridade e a transversalidade,  por meio de um projeto em torno do Ribeirao Anhumas, coordenado por uma equipe da Universidade de Campinas. Nessa reportagem, podemos perceber a integração que há entre tres disciplinas: geografia, Lingua Portuguesa e Quimica. Esse video foi mostrado no topico (TV UNIVESP), na primeira semana do curso.

O professor Nilson explica que a Interdisciplinaridade surgiu como um chamado para que as disciplinas nao mudassem seus objetos, mas que houvessem relações mais forte entre as disciplinas. A escola é disciplinar, a realidade não. A reação à reorganização curricular, a reação da framentação disciplinar foi a busca da transversalidade, ou seja, a busca de temas que atravessassem transversalmente todas as disciplinas, as questoes sobre valores, por exemplo, sao questoes que nao cabe em nenhuma disciplina especifica da escola básica.  As questoes sobre valores cortam, transversalmente, todas as disciplinas e podem ser vistas em atitudes como cooperação e cidadania.  Para aprender a ler o mundo é preciso que se faça uma ponte entre o disciplinar e o transdisciplinar.

(A relaçao da minha disciplina com as outras é a interdisciplinaridade eo os objetos e objetivos maiores que os da minha disciplina, a transdisciplinaridade).

A interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade sao partes integrantes de um movimento que fala de uma nova forma de organização do pensamento, que surgiu no seculo XVII. O filosofo que escreveu o DISCURSO DO METODO em 1637, René Descartes, é apontado como um dos primeiros formuladores dessa maneira de pensar. A concepção dele é a da unidade de conhecimento, do saber e essa unidade do conhecimento cientifico se encontrava no método. Para ele, o método é muito importante, se eu nao tenho o metodo, nao posso chegar à ciencia, e o método de fazer ciência é um método único, racional, de fazer a analise e depois a sintese dos diversos fenomenos com os quais nos defrontamos, fenomenos naturais.  No discurso do metodo, acaba reduzindo o metodo cientifico a uma unica regra. Quando tenho um fenomeno complexo, analiso o fenomeno, divido-o em suas varias partes, analiso-o a partir das partes mais simples e reconstituo-o por ordem, a complexidade depois o fenomeno, a partir do simples para o mais complexo.

Quem se opoe a fragmentação do conhecimento é o filosofo e sociologo EDGAR MORIN. O Paradigma da SIMPLIFICAÇÃO, que domina o ensino afirma que para conhecer, nós separamos e reduzimos o que é complexo em simples. Tal visao mutila o conhecimento. O problema passa a ser conseguirmos obedecer a um paradigma que nos permita diferenciar e ao mesmo tempo, relacionar. É justamente o PARADIGMA que domina o conhecimento na nossa civilização e na nossa sociedade, é um paradigma que impede o conhecimento complexo, o conhecimento da era planetaria.

Nosso sistema de educação ensina a separar as coisas, as disciplinas, o homem da natureza, nao ensina a religar, a reformar o pensamento. É religar para enfrentar os desafios, que sao globais e multidimensionais.

video aula 09: Ciencia e educação


      A escola mudou? A tecnologia invadiu a nossa vida cotidiana e as  escolas, a escola democratizou o acesso, mas democratizou tambem o acesso ao conhecimento? Esse video postado acima foi cedido por uma colega de curso, no forum, e está sendo reutilizado nesta video-aula, por apresentar ligação com a tematica tratada.

     Nesta video-aula, o professor Luiz Carlos de Menezes fala sobre o quanto é importante desenvolver a linguagem das ciencias na escola, atraves de exercicios desenvolvidos por crianças e jovens, que corresponda a um potencial pratico, a capacidade fazer coisas de uma maneira melhor com a ciencia e que corresponda a uma visao de mundo. Tudo isso em termos de diálogo, participação e projeto.
    Logicamente nao é algo simples de se fazer, mas pode ser executado com a realização de um debate em pequenos grupos, o que facilitaria a compreensao dessa forma, dessa perspectiva, do que ficar simplesmente atrelado ao discurso do professor.
    Mais uma vez, durante as video-aula, podemos perceber o encadeamento dos temas, de certa forma, porque são dados vários exemplos de como executar o planejamento, o projeto politico-pedagogico no que tange à formação para a cidadania, utilizando temas voltados à vida cotidiana, visando melhorar as condições de vida do cidadao, além da prática da educação formal, importante frisar.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

video aula oito: Métodos investigativos em neurociências

       Nesta video-aula, o professor Li Li Min faz uma demonstração de como pode ser investigada a função cerebral. Para isso, exemplifica tecnicamente uma série de exames e suas referidas funções:
* O eletroencefalograma, que mede potenciais eletricos da ativação dos neuronios ou celulas nervosas;
* O magnetoencefalografia que mede a alteração da despolarização das membranas dos neuronios, que sao os potenciais de ação, de atividade eletrica;
* O PET - Tomografia por emissao de positrons, avalia por exemplo alterações em pacientes portadores da doença de parkinson;
* NIR-DOT - Tomografia optica, que avalia o consumo de oxigenação em determinada parte do cerebro, identificando se está funcionando mais, o que tambem é uma maneira indireta de inverstigar a função cerebral.

     Além das funções anatomicas, pode-se investigar o metabolismo, como as celulas estao funcionando no cerebro. ´Também pode ser feito uma combinação de exames, que proporcionam melhor resolução de imagens, melhor investigação. A citar, a ressonancia que produz uma imagem anatomica quase perfeita combinada como o eletroencefalograma, o qual tem uma caracteristica de tempo quase real, ao mostrar o funcionamento cerebral investigado.

Neuroanatomia funcional do sistema nervoso: funções corticiais e sistemas sensoriais

     Nesta aula, o professor Li Li Min começa falando dos sistemas sensoriais e finaliza explicando sobre a percepção.
    Em relação aos cinco sentidos, faz uma demonstração, com ilustrações, de como são processadas as informações e se configuram em sensações, no nosso cortex cerebral.
    O "como captar" faz parte dos sistemas sensoriais, dos cinco sentidos. O "como percebemos" faz parte da PERCEPÇÃO.
   A percepção capta maior atenção, pois a partir da descrição do seu funcionamento podemos começar a refletir como um aluno pensa, reflete, percebe o mundo.
  Importante salientar que a percepção é uma elaboração, nao um registro real do que está ao redor. Ela é dinâmica. A interpretação depende de várias atividades cognitivas (comportamento, cognição, processamento de informações, consciencia, memoria, atenção, linguagem). Essas ultimas assertivas nos ajudam a começar a refletir sobre o ensino e aprendizagem. Um outro ponto de importancia é que as percepções mudam no decorrer da vida e que os processos perceptivos se desenvolvem aos poucos. As expectativas, valores, motivações, interesses e emoções influenciam as percepções.
   Ficou a pergunta para reflexao durante o curso e a visualização das video-aulas: Como voce pode influenciar de maneira positiva a percepção nos estudos, no seu ambiente de sala de aula?

video aula 06 - TEMAS TRANSVERSAIS EM EDUCAÇÃO

     A aula da professora Valeria Arantes segue a seguinte estrutura:
a) Diferentes concepções de transversalidade;
b) Práticas de transversalidade.

    Defende que cada cultura, cada comunidade deve eleger temas prioritários a serem trabalhados.
   Existem duas concepções de transversalidade. A primeira defende as disciplinas como eixo vertebrador do curriculo. A segunda defende as temáticas transversais como eixo vertebrador do curriculo e esse é um novo paradigma.
    Essa é uma mudança paradigmática importante porque dentro dessa concepção, os conteudos tradicionais deixam de ser a FINALIDADE da educação e passam a ser concebidos como meio para atingir um fim maior que é a educação para a cidadania, a educação em valores. É uma mudança paradigmática porque as disciplinas vão ser sempre instrumentos, e as tematicas transversais vão ser ponto de partida e ponto de chegada na formação do sujeito.
  Uma fala da professora que é importante frisar porque foi abordada em dois momentos da aula é a de que o objetivo principal é promover um trabalho que tenha como ponto de partida um tema relevante para determinada comunidade e sem esquecer que a escola tem a função primordial de ensinar, transmitir os conceitos, conteudos historicamente acumulados. Essa idéia me lembrou o pesquisador Paulo Freire, que toca nessa tematica em suas obras, como Pedagogia da Autonomia e À Sombra dessa Mangueira.

VIDEO AULA CINCO: O CONCEITO DE TRANSVERSALIDADE

A vídeo aula cinco trata do conceito de transversalidade na educação básica das escolas e como adaptá-lo adequadamente ao currículo.
        Um dado relevante explicitado na vídeo-aula é o fato de estar presente, em grande parte dos projetos político-pedagogicos das escolas a educação para a cidadania, entretanto essa é uma perspectiva não integrada ao currículo, na realidade.
        A disciplinarização prejudicou de tal maneira, tanto à escola quanto aos profissionais do ensino, que tornou-se extremamente difícil trabalhar com o conceito de transversalidade nas escolas. Cada profissional se sente especializado e preparado apenas para trabalhar o conteúdo daquela disciplina e nada mais.
Relegado a um segundo plano, temas como ética e valores não são tratados adequadamente, pois também não há lógica em se buscar um profissional da área para trabalhar temáticas como a violência, por exemplo, pois função da escola é trabalhar “transversalmente”, em todas as disciplinas, conceitos como o citado anteriormente.
A escola, como instituição social, com o dever de “formar cidadãos, preparando-os para viver em sociedade” não pode fugir a esse dever, pois constitui parte da formação integral do ser humano e, muitas vezes, com a ausência das famílias, devido à vida social, trabalho dos pais, é como a escola que se conta para atingir essas metas.
Como fazer é tema de uma próxima vídeo-aula.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

FINALIZAÇÃO VIDEOS SEMANA 01 - VIDEO 04 E TV UNIVESP

     A aula 4 e a sequencial/final (TV/UNIVESP) da semana um tratam ainda de aspectos neurologicos, de determinados conceitos.
     O professor Li Li Min faz uma apresentação do sistema nervoso,que se divide em sistema nervoso central e periferico, bem como  trata das unidades básicas de funcionamento.
     O sistema neroso central écomposto pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal. O sistema nervoso periférico é composto por uma rede intrincada de neuronios, os quais permitem troca de informações.
     Nesta aula, o professor tambem trata das funções do hemisferio direito e esquerdo do cerebro, bem como da divisao deste em lobos: frontal, parietal, temporal, occipital.
     A última década permitiu um grande salto e avanço das pesquisas cientificas sobre o funcionamento do cérebro, ago que foi significativo para saude, mas tambem de extrema relevancia para a educação, por permitir que juntamente com o conhecimento teorico adquirido, pudessemos repensar a prática.
    Há muitos outros detalhes interessantes, principalmente no que tange ao estudo dos neuronios e das celulas gliais, que lhes dão sustentação. Certamente serão retomados em outras vídeo-aulas.

Segue dois videos, nao sequenciais, sobre o sistema nervoso. (nao consegui postar a parte 2, mas pode ser facilmente encontrado no youtube).


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

FINALIZAÇÃO AULA 03


ANIMAÇÃO MEDICA

J.E.PURKINJE


  • Descreveu o primeiro neuronio no sistema nervoso, no cerebelo.

  • Criou o estroboscopio, aparelho utilizado para estudar o neuronio (estudo microscopico dos tecidos) e descobriu as celulas de Purkinje do cerebelo.

REDE NEURAL



O video acima sintetiza bem o tema discutido. Foi utilizado numa área de biologia, num seminario, especificamente.


Suposta imagem de estroboscópio


SIGMUND FREUD



  • Reforça a anatomia neuronal

  • Estuda a anatomia microscopica

  • Reforçou a ideia de que neuronio é uma unidade separada e distinta de funcionamento do sistema nervoso.


  • Criou o aparelho que mede a velocidade da condução nervosa de um neuronio para o outro.

  • Conclui-se que não basta só a região do cérebro, mas toda a organização de cada regiao do sistema nervoso.

  • Saber como o sistema nervoso trabalha, necessita que se entenda tambem, além das regioes, como os neuronios se comportam e como interagem entre eles, como ocorre a transmissao eletrica de um para o outro.

  • Sistema nervoso é constituido de unidades distintas que se interagem e se complementam.

O QUE SE ENTENDE POR NEUROCIENCIA?

  • Um mosaico de regioes, cada regiao tem uma função especifica e uma organização.

  • Sistema complexo, interativo, em que nao há uma função mental pura, mas sim uma combinação de ações filosoficas e psicologicas para cada ato.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

VIDEO AULA TRES: CONCEITOS GERAIS DE NEUROCIENCIAS

     A postagem anterior está apresentando problemas, não consigo reconfigurá-la. Peço desculpas pelos erros de ordem ortográfica, principalmente vindo de uma professora de Lingua Portuguesa! É que não imaginava que o blog apresentaria esses problemas.
    Essa complementação serve para apresentar uma síntese dessa vídeo aula e, os vídeos relacionados ao tema, prometo postar assim que regularizar a situação de erro que está ocorrendo com o blogspot.
IMPULSOS NERVOSOS
Tecnicamente, essa aula abrange tres topicos:
a) O que é neurociencia
b) Historico das neurociencias
c) Funções neurais

Começando pela definição de neurociencia, é um conceito amplo e extremamente atual, que se refere ao sistema nervoso de maneira abrangente. Compreende cinco disciplinas:
1) Neurociencia molecular (importancia funcional das moleculas)
2) Neurociencia celular ( estrutura e função das celulas que compoem o sistema nervoso)
3) Neurociencia sistemica (compreende as regioes do sistema nervoso e adentrará a anatomia)
4) Neurociencia comportamental ( explica as capacidades mentais que produzem comportamentos como o sono, emoçoes, etc)
5) Neurociencia cognitiva (capacidades mentais mais complexas como linguagem, memoria e aprendizagem)
Importante salientar que os limites entre essas disciplinas nao sao nítidos, remetendo-nos a multidisciplinaridade, a qual compreende o sistema nervoso por multiplas abordagens.

HISTORICO DAS NEUROCIENCIAS

globalistas  X  localizacionistas
espiritualistas  X  materialistas

Os localizacionistas e os materialistas apresentam melhores definições de trabalho com as neurociencias.
Para os materialistas, todas as capacidades mentais se originam no sistema nervoso, os localizacionistas acreditam que diferentes órgaos do cérebro sao responsaveis por diferentes funções, comportamentos.
Já para os globalistas, o sistema nervoso "inteiro" é responsavel por questoes cerebrais, nao existe uma regiao especifica do cerebro responsavel por determinada função e, para os espiritualistas, algumas capacidades mentais, como a linguagem, memoria, têm lógica propria, não obedecem a logica do sistema nervoso.

HISTORICO DAS NEUROCIENCIAS


GALL


  • Frenologia

  • Dividiu o cérebro em 35 regiões imaginárias (linguagem, percepção de cor, esperança, autoestima)

  • Usar algumas/determinadas funções provoca/ocasiona o aument do cérebro e, consequentemente distorção do cranio (anatomica).

  • Analisando essa distorção, entende-se mais da personalidade do individuo.

  • Frenologia foi um grande marco na historia das neurociencias.


Pierre Flourens

  •  Rejeitou Gall

  • Estudava animais, lesoes produziam deficits temporarios

  • Teoria do CAMPO AGREGADO, todas as vontades, percepçoes, sensações ocupam o mesmo espaço no cérebro, ou seja, uma função só.

Jackson


  • Retorno à concepção localizacionista

  • Estudou pessoas com lesoes cerebrais

  • Descobriu que no inicio das convulsoes, as pessoes tinham movimentos caracteristicos

  • Teoria: Organização Topografica do Cérebro, em que um mapa do corpo era representado numa área cortical especifica. Uma determinada regiao do cerebro era responsabel por determinado movimento.
REDE NEURAL


Paul Broca (1861)Carl Wernicke(1876)


  • Linguagem

  • Pacientes com dificuldade de falar ou compreender a fala.

  • Após vários estudos, descobriram regioes especificas para a capacidade de falar e a capacidade de compreensao da fala.
 DEFICIT   FUNCIONAL
O desaparecimento de uma função cerebral produz um déficit funcional.
Essa região é a sede da função que estamos estudando.
A teoria nao considera a reorganização do cérebro.
O déficit funcional pode nao refletir somente a falta da regiao lesada, mas o resultado da reorganização funcional do sistema nervoso (objeto de estudo da neurociencia).



Fritsch(1870)Hitzig




  • Estudaram determinadas partes do cérebro e perceberam movimentos caracteristicos

  • ANAISE NEUROANATOMICA com conhecimento das regioes do córtex cerebral, mas também a organização celular presentes nessa região.

(K.BROADMAN)
Não encontrei imagens do pesquisador

  • Produziu um mapa da regiao cortical do cérebro

  • Fez análise da organização celular do cortex em 52 regioes diferentes, cada regiao corresponde a uma função especifica.

C. Golgi



  • Metodo de coloração prata - para a demonstração das estruturas das celulas nervosas

  • Método permitiu a visualização de um unico neuronio e a transmissão dos impulsos eletricos, que ocorrem dos dendritos para o axônio.

Cajal


  • DOUTRINA NEURONAL

  • Descobriu que o sistema nervoso é composto por bilhoes de neuronios distintos e que existe comunicação entre eles atraves das sinapses.

  • Com a MICROSCOPIA, conseguiu perceber a membrana que envolve os neuronios e que facilita essa transmissao sináptica. Pôde visualizar as partes dos neuronios: corpo celular, dendritos e axonio.

continua.....

sábado, 18 de setembro de 2010

VIDEO AULA TRES: CONCEITOS GERAIS DE NEUROCIENCIAS

Pode parecer uma frase já "desagastada" pelo tempo, pelo senso comum, mas ainda é extremamente atual: Quanto mais estudo e aprendo, mais me dou conta da minha "ignorancia".
É fascinante adentrar ao "campo" da pesquisa da neurociencias e, mesmo ainda sendo uma "iniciante no assunto", perceber o leque de possibilidades que essa área pode oferecer para minimizar vários problemas de aprendizagem, alé de tambem promover "motivação", devido à possibilidade do autoconhecimento.
A video-aula tres traz todo um panorama historico do estudo das neurociencias, chegando à "doutrina neuronal", a Sigmund Freud, ao estudo a estrutura dos neuronios, da comunicação entre eles, da possibilidade de adaptação que o cérebro possui de, após ter uma dada região comprometida / afetada, permitir que uma outra área execute aquela tarefa.
Recentemente, assisti a um video-documentário no canal History Channel sobre o funcionamento do cérebro, de quase duas a tres horas de projeçao, e recordei-me de um caso em que, um homem com a memoria afetada por uma doença teve, ao longo dos anos, uma outra região de seu cérebro sendo adaptada para realizar aquela função, revelando certa plasticidade, deste órgão ainda em estudo. Ainda há muito a ser descoberto!!! E como essas descobertas podem vir a contribuir para áreas como a ciencia e a educação!!!
Redirecionando a discussão para o ambiente escolar, questiono-me agora a quantidade de alunos, que passaram por mim e que nao conseguiram atingir o objetivo esperado, por um motivo ou por outro.E quais seriam eles? Problemas de memorização? Alguma doença neurologica ainda não diagnosticada? Ou falta de motivação?
Felizmente, há muito tempo ainda para pesquisas e descobertas a serem feitas no transcorrer da minha carreira, e ter a chance e a certeza de que com os alunos de hoje consigo acertar muito mais, atingir os objetivos esperados, em parte, afinal faço parte de um grupo.
Apesar de tudo, não me culpo, pois estou sempre "em busca" e se, no proprio historico das "neurociencias" vemos a quantidade de vezes que uma teoria foi rebatida / refutada pela outra, me faz pensar que é um movimento natural da busca e da pesquisa: Reflexão, pesquisa, ação, erros e acertos, nova reflexao...
Finalizo com uma breve transcirção. que acredito deva ser importante aqui o registro.
ps.: aula ainda em construção

 
  
O nosso cérebro é doido !!!
De aorcdo com uma peqsiusa
de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem as
Lteras de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia Lteras etejasm
no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê
anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos
cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.
Sohw de bloa.
“Você conseguiu ler tudo certo? Esse é nosso cérebro…   O.o”

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

AULA 02 - OS CAMINHOS DA INTERDISCIPLINARIDADE

SUPERAÇÃO DA DISCIPLINARIZAÇÃO

     Há alguns anos, os professores em exercicio na rede estadual já ouviam rumores sobre mudanças na rede, possíveis "agrupamentos" de disciplinas, mudanças de nomenclatura, o que deixou muitos profissionais preocupados. Na época, acreditava-se que um único professor seria responsável pelo "ensino dos conteúdos" desse determinado agrupamento, os quais hoje são conhecidos como, por exemplo, "ciências humanas e suas tecnologias", "ciências da natureza e suas tecnologias", "linguagens e codigos e suas tecnologias", "matemática e suas tecnologias". Especulava-se também que era uma medida econômica do governo. Os professores ficaram extremamente preocupados, com receio de perder suas aulas. Hoje, após ter um melhor entendimento a respeito da necessidade de superação da "disciplinarização", questiono-me se já não era um primeiro movimento rumo à necessidade de "ir além". E se a resposta for afirmativa, estávamos naquele momento sendo vítimas dessa "impossibilidade de enxergar o todo, visualizando somente a parte e supervalorizando-a.
     A video-aula dois trata, principalmente, da superação da disciplinarização, já mencionada anteriormente, que ocorreu no meio científico por volta do século XVII, permanecendo ao longo dos séculos XVIII, XIX e XX. Importante compreender o que Edgar Morin chama de "pensamento simplificador". O autor faz um estudo sobre a historia da ciencia e busca compreender o que grandes cientistas fizeram para estruturar a modernidade, paradigma de forma da organização da ciencia e do pensamento, que configurou o pensamento dos séculos citados. Mas o que esses autores fizeram na criação desse paradigma?
     De acordo com Morin, três principios fundamentam o pensamento simplificador e garante "essa modernidade":
  1.      DISJUNÇÃO - Separação entre os diversos tipos de conhecimento. Criação das disciplinas. (Para estudar um método, uma das caracteristicas para tornar o estudo mais simples, facilitar e ser mais eficiente no estudo dessa realidade, dessa natureza é o que se chama de disjunção. Separa-se o todo para estudá-lo em pequenas partes)
  2.     REDUÇÃO - Do complexo ao simples, analisa-se a parte como se fosse o todo. Como consequencia da separação do todo em partes, tira-se a complexidade e busca-se uma simplificação desse corpo, a partir dessa disjunção, trabalhando com a redução.                                                 Isso é um risco: - redução do complexo ao simples;  - analisar a parte como se fosse o todo, essa é a tendencia do pensamento simplificador.
  3.    ABSTRAÇÃO- Gerou a matematização e a formalização da ciência. (São formas de organização do pensamento e da ciência, facilita a compreensao da coisas, as tecnologias tornam virtual o que é real) .                                            
     Não se pode desconsiderar o quão importante foi para nossa realidade, para a historia da ciência e para a nossa vida cotidiana, como já citado, o problema está em tentar explicar o todo pela parte.  
      "O paradigma da simplificação trouxe a vantagem da divisão do trabalho, da produção de novos conhecimentos e a elucidação de inúmeros fenômenos. Permitiu ao ser humano tentar dominar e controlar a natureza, e foram inequivocamente eficazes para o progresso cientifico e para a melhoria das condições de vida da população entre os séculos XVII e XX (Edgar Morin)"
     Entretanto, para romper com a oposição entre a natureza e a cultura, quais os rumos que a instiuição educacional terá de assumir, se nao quiser sucumbir na inercia da fragmentação e excessiva disciplinarização, caracteristicas dessas ultimas décadas?
    Estabelecer uma nova conexão? Rejuntar a parte e o todo? O texto e o contexto? O global e o planetário?
                
    A partir do século XX, movimentos tentam superar a disciplinarização, que a ciencia provocou no conhecimento. Esses movimentos de superaçao recebem nomes de: transdisciplinaridade, multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, apresentando caracteristicas semelhantes, mas tambem algumas diferenças:

  • TRANSDISCIPLINARIDADE - "Ir além". Refere-se a temáticas que ultrapassam a propria articulação entre as disciplinas, extrapola qualquer disciplina em si, como se fosse uma nova disciplina;
  • MULTIDISCIPLINARIDADE - Ocorre quando a análise de um determinado fenômeno solicita o aporte de outras disciplinas para ser explicado, para explicá-lo. No entanto, essas disciplinas nao dialogam entre si. Cada professor faz sua parte, não existe diálogo entre as partes, entretanto já é considerado um avanço ante à disciplinarização.
  • INTERDISCIPLINARIDADE - É um fenômeno comum a duas ou mais disciplinas de campos de conhecimento, mas em seu estudo, os participantes estabelecem diálogo entre si, os profissionais trocam idéias. 




O PERIGO DE SE TOMAR A PARTE PELO TODO – DISCIPLINARIZAÇÃO

- Conteúdo específico interdisciplinar: enfatiza o sentido e a importância da interdisciplinaridade, através de situações-exemplos que envolvem disciplinas curriculares


- Conteúdo específico extra-curricular: explora conceitos, fatos e notícias de avanços científicos, tecnológicos e de outras áreas de conhecimento que, muitas vezes, só chegam ao aluno por meio da mídia impressa e televisiva e não por intermédio de livros didáticos ou do ensino formal

- Contextualização histórica: menciona alguma descoberta científica e a relaciona a algum fato histórico marcante, ou apresenta situações que reflitam relações entre ciência e sociedade


VIDEO TV UNIVESP - complemento     De acordo com o professor Nilson José Machado da FE-USP, a interdisciplinaridade surgiu como um chamado para que as disciplinas não mudassem seus objetos, mas que houvesse relações mais fortes entre as disciplinas. A realidade não é disciplinar, a escola é.
     A reação à fragmentação discipinar, no curriculo escolar, foi a busca à transversalidade, temas que atravessassem transversalmente as disciplinas. A questao sobre valores, por exemplo,  nao cabem em nenhuma disciplina em especial, mas atravessam todas, como colaboração e solidariedade. Começamos a ler o texto na escola, mas viemos para aprender a ler o mundo. A escola deve fazer essa ponte entre o disciplinar e o transdisciplinar. Estudar a disciplina para um determinado fim, é para especialista, é um meio para o educando, então vamos "além" da disciplina.
     Transversalidade é a parte de um movimento que surge em contraposição a um jeito de organizar o pensamento, o qual surgiu no século XVII. Mas como chegamos a essa fragmentação e especialização da ciência?
     René Descartes (1596 - 1650) - Filósofo que escreveu o discurso do método, é apontado como um dos pioneiros a "inaugurar" essa maneira de pensar.
     "Descartes é uma concepção da unidade do conhecimento" - Pablo Rubén Mariconda (FE-USP).   
     A unidade do saber, essa unidade Descartes encontrava no método. "Método Científico" vem de Descartes, sem o método não há como chegar à ciencia, que é um único método, racional, de fazer análise e depois a síntese, não com os diversos fenômenos naturais. No discurso do método, acaba realizando o método, as quatro regras do método cientifico. Um fenomeno complexo é dividido em várias partes, analisa-se a partir das partes mais simples e reconstitui-se o fenomeno a partir do simples para o mais complexo. São regras, mas bem representativas do mundo moderno.
     De acordo com o filosofo e sociologo frances EDGAR MORIN, o paradigma de simplificação, que domina o ensino e, para conhecer, separamos e reduzimos o que é complexo em simples, pode ser considerada uma visão mutiladora do conhecimento. O problema entao passa a ser conseguir obedecer um paradigma que nos permita diferenciar e relacionar, ao mesmo tempo. É justamente o paradigma que domina o conhecimento na nossa civilização e sociedade, é um paradigma que impede o conhecimento complexo, o conhecimento da era planetária.


    Essa postagem será reformulada e complementada ainda essa semana.

 Acrescento também link para um trecho de uma palestra interessante, o qual apresenta de forma resumida alguns dos conceitos abordados na aula 02

http://www.youtube.com/watch?v=lUHaYLv2ySo&feature=related